terça-feira, 7 de junho de 2011

Amar
o Mar
é
Maré cheia
meu coração a deriva permanece
o sol aquece úmido
a lua desce cheia

quarta-feira, 1 de junho de 2011


a Ava Gadner é mesmo uma gracinha
mas se é pra falar de Divas, escolho aquela da Sereia
Morena da Beira do Rio
que é dona das águas porque o amor escorre do seu ventre e vai bruto e lindo e barulhento e calmo de encontro ao mar
a mulata que colhe lírios pra se enfeitar...
é, vamos assumir que nossas idéias vem de baixo pra cima
nosso pop é de natureza vermelha
ser de uma raça geneticamente antropofágica me agrada os ouvidos
o problema da propriedade de palavra dessa povo mameluco
não é caso de se concertar com a mão,
é físico, astrológico, codificado pela ciência branca...
abaixo da linha do Equador, é o Sol quem manda...

terça-feira, 31 de maio de 2011

o ccbb ainda não tá na minha lista de prioridades
o metro tá custando 3,10 logo nao dá tempo de fingir que eu acredito na capacidade do Escher de mudar minha vida, tá, eu sei, é legal, é engenhoso, até majestoso eu diria, mas na realidade da coisa toda, na ferida do doente,
quero mais!

grana pra estudar, estudar pra ter grana
merda, não passei no vestibular!!
servir cerveja e ouvir gracinha, ai, para
já deu...
toda garçonete é uma junk box dos anos 80...

uma dose de Jack, vamos falar mais diretamente
to fudida,
tipo ó, ihhhhh, nem sabe...
é papo de inventar novas onomatopéias pra compor as partituras desse diálogo

pobreza não é defeito, já dizia Raskólnikov
mas dinheiro é argumento
e se você não tiver como argumentar você não entra na conversa
sinceramente, acho digno
sempre fui contemplativa as hierarquias,
as barganhas humanóides

tô nem aí pros hippies-yuppies
prefiro duas doses...
a primeira no cowboy pra amaciar a estrutura
a segunda, com uma pedra de gelo
pra elevar as esperanças...

ihh, páaa, to fudida....

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um Elefante
grande, branco, de patas pesadas
olhos cansados, ternos...

o Amor é tão grande que não gosto de pensar...

Que bom que você chegou, senta, quer café?
vou pingar um pouquinho de wísk só pra melhorar o gosto.

você fala das dúvidas eu conto os fatos,
agente ri,
um chamego... AH!!

a saudade dissimula a verdade
a saudade é um vidro quebrado
corta, faz doer

eu ainda olho no seu olho
eu ainda caibo nos teus ombros

depois de tanta hora passada
tanta bebida, bebida
tanta consumação
objetos quebrados
juras rompidas

eu estou aqui,
Cine Majestic
eu ainda olho no seu olho
eu ainda caibo nos teus ombros.

domingo, 29 de maio de 2011

difícil mesmo é falar sobre a saudade...



sexta-feira, 27 de maio de 2011

o jazz é a música da lânguida lagarta
tanto aperta quanto dilata
em tempos de calor extremo
o punk é uma coisa meio cafona

gargalhadas de megafone
algumas noites são tão açucaradas
que as rebordosas incluem banho de sal,
pra trazer de novo
para estar de novo
com os pés no chão do dia,
o sol é muito comprometido, não o decepcione...

passo arco,
gargalhadas de megafone
tudo é duramente mágico, duramente díficil,
duramente intrísseco dentro dessa vontade alucinante..
quando a noite vira um estilo de vida é bom se preparar pra entender sobre estrelas
sobre astros violentos
atos impessados
tempos de movimento
...
ufa, sou só uma jovem menina!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

das noites

olhos confusos
orquestras populares de papos repetidos
nada é atrativo o suficiente

vazio...
meu estomago, vazio
copo cheio,
gengibre,
sorrisos de Saudade
inquieta, olho
olhar de olhos bêbados...

Procura-se a Vontade!!!!
eu aguento doses fortes de tédio,
mas não, hoje não,

meu líder espiritual só atende depois da meia noite
minha felicidade custa 35 pratas
alguém me paga uma cerveja...
alguém fala bem dos meus cabelos...

eu, lá do alto
fatigada de risos frouxos
derreto pela noite
caminho pela lua...


domingo, 6 de fevereiro de 2011

em dias quentes como esse é bom acordar e ter um lago azul no seu quintal, meu trato com o tempo me confnde e as vezes nao sei se já sou velha demais ou ainda nova demais.
tenho tempo de esperar por voce ou posso correr por aí procurando encontrar alguma coisa maior que essa tensão que fez casa no meu peito.
sou um barco que navega sem rumo meu porto nao quer minha chegada, está fechado, vedado, distante, eu pirata enfrento marés de sorte de azares, ares puros que respiro em porões obscuros. e meu trato com o tempo permanece.
eu sou um barco.